Parede sem graça

(por Marina)

Há muito tempo atrás (digamos, antes da metade do ano passado, quando minha vida virou de pernas pro ar (e ainda não desvirou)), decidi que ia pintar a parede da sala. Duas coisas me inspiraram a isso: todo mundo me mostrar que pintar parede é fácil (veja aqui, no Casa de Colorir, se eu tô mentindo) e um amigo meu, que é arquiteto. 

Explico: na casa dele, há listras de branco sobre branco que, segundo ele, dão a sensação de que a parede é mais alta, quando as listras não são do mesmo tamanho. Achei a ideia ótima (sem contar que o visual era moderno e lindão) e aproveitei que estava sozinha em casa, sem saco pra escrever tese, e que a parede tava feia, coitada, e coloquei a mão na massa.

Por conta de tudo quanto é contratempo (falta de fita crepe, falta de altura pra colar fita crepe, falta de marido em casa pra abraçar quando a gente quer chorar de raiva), acabei demorando mais que o necessário. Porque em dois dias (com ajuda) você termina.

Basicamente, o que você vai precisar fazer é dar uma demão de tinta branca (ou quantas forem necessárias) pra uniformizar a parede, esperar secar, colar a fita crepe fazendo as listras e pintar no meio delas. Simplíssimo. (Colar a fita crepe acima da altura dos braços é que é sofrido, eu achei.)

Não tenho fotos do durante, mas dá pra ter uma ideia de como era antes:

Marido modelando enquanto cola o adesivo.

E, agora, como ficou:

Sim, é minha árvore de natal aqui no canto.

No meu caso, eu tinha um adesivo nesta mesma parede que não queria perder. Então, pintei por cima dele e, depois de tudo seco, puxei as letras, uma por uma, com uma pinça. E deu um efeito bonito, ainda que não dê pra ler de longe.

 

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